"Deveríamos ser capazes de recusar-nos a viver se o preço da vida é a tortura de seres sensíveis". Gandhí
"Um ser humano é parte do todo, que nós chamamos de Universo, uma parte limitada em tempo e espaço. Ele experiencia a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos, e algumas vezes se separa do resto - uma espécie de ilusão ótica de sua consciência. Esta ilusão é uma espécie de prisão para nós, nos restringindo aos nossos desejos pessoais e à nossa afeição pelas poucas pessoas mais próximas a nós. Nossa tarefa precisa ser libertar-nos desta prisão a partir da ampliação do nosso círculo de compaixão para abraçar todas as criaturas vivas e toda a natureza em sua beleza. Ninguém é capaz de alcançar isso completamente, mas a aspiração por tal realização é em si mesma parte da libertação e um fundamento para a tranqüilidade interior.- Albert Einstein (1879-1955), New York Post, 28 November 1972.



Namastê!

Bon Apetit!

26 de dezembro de 2008

Então é Natal!

Então é Natal...não, não é mais...o natal já acabou, e junto com ele a correria, graças a Deus!

O que sobra agora é a dor no corpo, o restinho do "espirito natalino" de amor, perdão e fraternidade (que vai se perdendo durante o ano que entra ¬¬) e as sobras do ceia de natal que, modestia a parte, ficaram demais!



HUm...antes de colocar qualquer receita ou foto, tinha algumas coisas que eu gostaria de escrever aqui...por exemplo, como cada vez mais eu fico "absurdada" (como diz minha amiga Emília) com o consumo de carne, e com a falta de compaixão que as pessoas têm para com os animais. Hoje mesmo, na casa de um amigo, estava lendo um livro fodástico que ele comprou recentemente, o livro é enorme, recheado de assuntos culinários muito uteis (e muitos inuteis também), quando, de repente, me deparo com um texto sobre Foie Grass. O cara reconhece a principio a atrocidade cometida para a fabricação da "iguaria", e diz que não nega isso por ser "humano", mas em contrapartida afirma que amante desse ingrediente, que não o dispensaria de forma alguma, pois é uma "jóia" culinária. Ai eu me pergunto: Qual o fim disso? Até onde as pessoas vão ser coniventes com esse tipo de coisa? Até quando vão sentar em suas mesas e devorar aquele ser inocente (ou parte dele) tendo plena consciência do que foi sofrido para ele chegar até ali e mesmo assim não restar um pingo de remorso?
Eu não me conformo e pretendo nunca me conformar, tanto com as atrocidades, quanto com as pessoas.

Outra coisa é como certas pessoas são contra o natal...tudo bem, eu até entendo os argumentos de cada um, não critico nem nada, porém não consigo pensar da mesma forma.
Eu não odeio o natal. O que odeio são certos comportamentos que as pessoas "adquirem" nessa época. Alias, o problema não são as coisas, mas sim como as pessoas as tratam. No natal tem o consumismo, a loucura de querer comprar tudo no meio daquela multidão de gente com o mesmo pensamento maluco; tem também a gula, o desperdicio. Mesas enormes recheadas de "suculentos" pratos natalinos (e animais mortos) para SOMENTE duas pessoas. É comida pra uma semana, digo uma semana porque se passar disso estraga, e vai pro lixo. E é o que acontece, aposto; e claro no meio disso tem o "espirito natalino" que as pessoas só se lembram umas 20 pra meia noite quando todos os presentes já foram comprados, toda a comida já foi posta à mesa e não tem mais nada a fazer, a não ser comer, ah e claro, abraçar as pessoas queridas e desejar um feliz natal. Queridas somente por aquele instante, que deve ser o mais puro e fraterno (e hipócrita) possivel. Somente por aquele instante.
Enfim, é tudo muito falso, muito exagerado, muito triste. Mas mesmo assim eu não consigo odiar o natal. Não consigo deixar de me preucupar em reunir minha família (eu e mamãe, e meu namorado) preparar coisas gostosas para ela com o maior amor do mundo e depois à meia noite, (só por uma questão de "tradição"), jantar. Ter uma noite gostosa com pessoas que eu amo. Não preciso lembrar que nessa época preciso ser boazinha pra ganhar presente do papai noel porque eu já sei que preciso ser "boazinha" o ano todo. Também não preciso lembrar do que o natal se transformou por causa do consumo e da hipocrisia, porque não é isso que acontece comigo. Se eu pensar diferente, se eu não me ligar a esses falsos valores, se eu me importo em estar com que amo, não tenho o por quê de odiar o natal. Porque odiar alo em função da atitude de outras pessoas se eu não tenho a mesma postura que elas? Alias, o mundo já está cheio de ódio e o coitado do papai noel é que tem culpa!? Não, eu não acho.
No meu coração e na minha alma, quero que o amor prevaleça. Não quero só me revoltar, quero agir diferente, quero provar a mim mesma que não preciso desse caos. Preciso é de amor. O amor das pessoas que amo. Somente.

Tem mais coisas que queria falar, mas deixa pra outra vez...e a culinária fica pro post seguinte.

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